Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

sábado, 6 de junho de 2009

Anjos





Fotografias: Azulejos da Igreja de Santo Ildefonso, no Porto.

Música: Ópera Semele de Haendel, cantada por Kathleen Battle.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Kung Fu

maoinvisivel, viseu 04/06/09 19:00(comentário publicado na edição online do Diário Económico)

Lamento o desaparecimento do actor David Carradine, para mim, será sempre o bom monge de Shaolin, de nome Caine, o meu Kung Fu, que desbaratava com uns golpes fantásticos hordas de malfeitores. É uma referência da minha infância, e da melhor época televisiva que passou por este país. Apetece dizer, que os bons não deviam partir. Talvez no além se encontre com os malfeitores dos novos tempos, usurários disfarçados de banqueiros e afins, que para além de amnésicos, são falsos surdos, mudos e cegos e, ainda por cima não sabem escrever e alegam que outros escrevem e assinam por eles. Outros, troçam, afirmam que alguém se esqueceu de entregar um qualquer bilhete de identidade. Chega-lhes Kung Fu. Está explicado, porque afinal os bons se vão embora. É para continuarem a espadeirarem os maus quando lá chegam. Recebem-nos à porta e zás. Nem sequer, chegam a entrar. Justiça, vale mais tarde do que nunca. Depois, os pedaços são capaz de ficar espalhados num qualquer limbo. Paz, e que nunca te falte a força, Kung Fu! Já agora, peço-te: dá um abraço apertado ao Vasco Granja e diz-lhe, olá e obrigado amiguinho, da minha parte. Até sempre!

Repousando na frescura de um bosque



Fotografias inéditas de Marylin Monroe, por Ed Clark. Publicadas na Life.

Só neste País

Mudar de vida

Tudo isto é triste, tudo isto é fado

«O Presidente da República, Cavaco Silva, revelou hoje aos jornalistas que está a perder muito dinheiro com as poupanças que tem nos bancos e que parte delas “estão desaparecidas”.

“Eu e a minha mulher, antes de eu estar nesta posição, quando éramos apenas professores, não tínhamos as nossas poupanças debaixo do colchão, nem tão pouco no estrangeiro. E agora também não. Entregámos as nossas poupanças a quatro bancos, incluindo o BPN, para eles gerirem as nossas poupanças. Esperávamos que eles gerissem as poupanças bem, que conseguissem um bom rendimento. Infelizmente estamos a perder muito, muito dinheiro. Boa parte das nossas poupanças estão desaparecidas”, afirmou o chefe de Estado citado pela TVI.» ler mais aqui.

Lusa, Público, 03/06/2009

Tudo isto é triste, tudo isto é fado.

Este homem é doutorado em Economia, foi director do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal, primeiro-ministro entre 1985 e 1995. É Presidente da Républica desde 2006.

E, não sabe gerir as suas economias?!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Fomos enganados???!!!

«Os clientes do Banco Privado Português que se manifestam hoje junto à sede do banco em Lisboa acusam o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, de ter falhado enquanto presidente da CMVM, entre 2000 e 2005.

"O sr. ministro das Finanças tem responsabilidades pela situação em que nos encontramos, porque liderou a CMVM [Comissão de Mercado de Valores Mobiliários] entre 2000 e 2005, período no qual o BPP lançou os produtos de retorno absoluto", afirmou à agência Lusa Ruy Ribeiro, cliente do BPP.

"Não temos culpa que a supervisão tenha falhado. Somos aforradores, não somos especuladores", reforçou Ruy Ribeiro. "Fomos enganados", sublinhou, numa altura em que os manifestantes gritam o 'slogan' "Queremos o nosso dinheiro!".» Lusa, Público Online, 02/06/2009

1) Teixeira dos Santos presidiu a CMVM entre 2000 e 2005, actualmente é ministro das Finanças.

2) Victor Constâncio é presidente do Banco de Portugal desde 2000.

Ambos, tiveram conhecimento da comercialização dos chamados produtos de retorno absoluto. Todos os bancos comercializaram esses produtos, embora a designação dos mesmos fosse diferente de banco para banco. A outra designação mais usada era "produtos de taxa garantida".

Inicialmente, as aplicações eram feitas com base num acordo verbal entre o funcionário bancário e o cliente. O cliente raramente questionava o risco porque pressupunha que o banco garantia sempre o capital aplicado e os juros acordados.

Mais tarde, com base em instruções do Banco de Portugal/CMVM foi criado um mandato para ser assinado pelo cliente dando poderes ao banco para comprar e vender acções,obrigações, warrants, etc.

Durante toda a década, apesar do risco para o cliente, não foi criada legislação que permitisse enquadrar juridicamente estas aplicações.

Os clientes com a ambição de terem uma taxa superior às taxas habitualmente praticadas, ou não questionavam, ou quando questionavam era-lhes transmitido que a garantia era dada pelo banco, sendo o risco nulo.

Muitos deles, saltaram de banco em banco na procura de melhores taxas. Quando eram confrontados com a possibilidade de risco inerente ao banco onde tinham feito a aplicação, recusavam-se a acreditar. " Os Bancos não vão à falência "- diziam eles -" se houver problema o Estado resolve "!

Pois !

Não devia de resolver, mas moralmente tem a obrigação de o fazer. A regulação não existiu. Foi conivente.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

domingo, 31 de maio de 2009

«Vera em tudo uma rapariga de bem. Boas maneiras, bem vestida e com uma cultura superior. Excepto que, sempre que só na presença de qualquer homem, logo se despia e exigia que o coitado, ou talvez não, a penetrasse urgentemente. A família, alarmada e em vergonha profunda pelo comportamento descabido dela, arranjou um casamento apressado para resolver a situação. Nada feito. Mesmo apaixonada pelo marido, continuava a oferecer-se em bandeja a todo e qualquer par de calças ou calções que lhe aparecesse pela frente. assim permaneceu a sra. V. até à sua morte, com a profícua idade de 73 anos. Imagem de decoro quando vigiada por terceiros, depravação sexual em pessoa sempre que a ocasião o permitia, em jeito de Dr. Jekyll e Mr. Hyde.
Caso nrº 189 apresentado por Kraftt-Ebing, psiquiatra alemão do século XIX, a sra. V. surge como exemplo de ninfomania, doença imaginária que era diagnosticada em mulheres que não ficavam no seu cantinho sexualmente reprimido e revelavam ter desejos libidinosos próprios. Tal como os homens faziam porque assim se esperava. Ebing chega a descrever o que intitula "ninfomania aguda mortal", em que raparigas até entâo insuspeitas revelavam um súbito "desejo ilimitado de gratificação sexual", "delírios obscenos", "exigindo" o coito e terminando por morrer de "exaustão". Tadinhas.
É certo que as senhoras descritas por Ebing bem não estavam. Alguma coisa terá causado a morte das que se ficaram. Porém, tal não terá sido, poderei jurar, o excesso de desejo sexual. Uma infecção que lhes afectou os neurónios?
Uma intoxicação acidental? O que tiver sido, antes de acabar com elas, diluiu-lhes as inibições sociais, levando ao seu comportamento tão contrário às convenções da época.
Passado mais de um século, espera-se que já ninguém diagnostique ninfomania a mulheres que exigam o coito com frequência, porque elas andam por aí e recomendam-se! Mas outras etiquetas vieram continuar a tradição. Veja-se, por exemplo, como a promiscuidade, palavra feia, tanto foi usada durante a crise HIV. De súbito, os novos malcomportados eram esses tais, os promíscuos, que andariam por aí a ter sexo que nem o pacman do jogo de video. A "promiscuidade" foi incluída na lista dos comportamentos a evitar, tal como o sexo sem preservativo, quando na verdade, desde que se use a borrachinha maravilha, o número de parceiros não vai ser causa de infecção.
Escreveu Ebing: "Estas pobres mulheres disseminam o espírito da lascívia, desmoralizam o ambiente e tornam-se num perigo para rapazes e raparigas." Se então o moralismo era mais descarado, agora ele surge encapotado. E promiscuamente se continua assim a julgar o comportamento alheio. Que com a libertinagem dos outros sempre se pode muito mal.»


Fotografia de Brassaï e crónica de Nuno Nodin " A promiscuidade da ninfomania ", publicada na Pública de 31/05/2009
Henri Matisse, fotografado por Brassaï em 1939

'Matisse: 1917-1941' (Os anos voluptuosos*)


*«La estancia está inundada de luz. Entre biombos y sillones de mimbre, un hombre de cabello ralo, bigote y barba encanecidos, con traje, corbata y una bata blanca a modo de guardapolvo, sujeta un bloc en sus rodillas mientras dibuja a una bella mujer desnuda. Matisse (1869-1954), el gran pintor francés, aparece en su estudio de Niza retratado en 1939 por un prometedor fotógrafo, Brassaï. Wilma Javor, una joven húngara, posa sin pudor mientras el ya anciano artista aparece abstraído en lo que más le interesa, la figura humana.» continuar a ler aqui.

Julia Luzán, El País, 31/05/2009

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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