Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

« Me meto a la primera cantina que veo para tomarme un mezcal a la salud del loco Lowry. Como todo en Bajo el volcán, en Cuernavaca, en México, la cantina tiene un lema hilarante: "Gentiles son los hombres dados a la ociosidad". La idea del mezcal en Cuernavaca es una transposición literaria de Lowry: lo tomó hasta el delirio en Oaxaca con su amiguete Juan Fernando Márquez, al que le dedica Oscuro como la tumba donde yace mi amigo. A lo mejor Márquez no existió y Lowry se la pasó en El Farolito de Oaxaca como yo aquí en Cuernavaca: bebiendo solo. El mesero me muestra la botella de mezcal. La etiqueta hubiera divertido a Lowry y, quizás, más a Jan: "Mezcalm Lowry. A punto de veneno". Y me siento a beber. Abro la libreta y pienso en Lowry y, con el paso de los tragos, en amores.»



Ler aqui artigo completo, escrito por Fabrizio Mejía Madrid e publicado no El País.

Desenho de Fernando Vicente e ilustração para uma edição mexicana de "Debaixo do vulcão" por Alberto Gironella

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

«Cada um de nós é inteiramente excepcional» *

* Agostinho da Silva

Para reflectir

«De todas as ideologias que ocupam a nossa mente - e, através dela, influenciam as nossas motivações e acções -, a mais importante não é o liberalismo, nem o socialismo, nem o conservadorismo. Aquela que tem maior sucesso é, sem sombra de dúvida, a ideologia do crescimento económico. Trata-se de uma ideologia transversal a todos os partidos e à sociedade. Economistas e políticos, comentadores e jornalistas, recordam-nos incessantemente que o objectivo colectivo mais importante para o país é o crescimento.

Não nego que o crescimento seja um valor importante, especialmente num momento de crise. Mas creio que há outros valores colectivos que são não apenas igualmente importantes, mas até mais importantes do que aquele. Eis alguns exemplos: a segurança individual, a liberdade igual para todos, a igualdade de oportunidades, a coesão social, a justiça distributiva, a protecção do ambiente e da paisagem, ou até a felicidade social de que falavam os utilitaristas clássicos. Creio que a maior parte das pessoas reconhecerá a importância e mesmo o primado destes e de outros valores colectivos face ao crescimento económico. Mas, se é assim, por que razão não têm estes valores pelo menos um peso equivalente ao do crescimento económico no discurso político?» ler aqui artigo completo.
João Cardoso Rosas, Jornal i, 13/08/2009

0,3%

A economia portuguesa cresceu 0,3% face ao 1º trimestre de 2009. A economia francesa e alemã cresceram 0,3% face ao 1º trimestre de 2009.

Eu que não sou economista e não acredito em coincidências, gostaria, que alguém me explicasse o porquê dos 0,3%!

Não terá a haver, com o aumento do consumo, originado pela antecipação dos reembolsos do IRS?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

“Presos por uma Corrente de Ar”*


Sinopse
“Imaginem uma praça no meio da cidade. Uma banda filarmónica e um Presidente que quer lançar a 1.ª pedra de uma grande obra. Imaginem quatro personagens, quatro presos a cumprir a pena em serviço comunitário, com o objectivo principal de “erguer” uma estátua integrada numa candidatura a Património da Humanidade. Imaginem agora um “deslize”no orçamento e uma necessidade urgente de terminar e apresentar a obra aos cidadãos, que afinal se encontram na praça para isso mesmo. De forma a “ocupar” o público até que a obra termine, o “Sr.” Presidente e Maestro da Banda Filarmónica composta pelo particular e potente número de 2 músicos, entretêm – se a criar e executar verdadeiros momentos de entretenimento."
*Peça de teatro encenada pelo Teatro de Montemuro para o Festival Altitudes.

Ler nas linhas e nas entrelinhas

«Selmes é uma pequena freguesia do concelho da Vidigueira. A sua população é muito devotada aos mistérios do Além e ao espírito errante do morgado da Rabadoa, desaparecido de forma dramática nos primeiros anos do século XX e cuja alma, garantem, andará a cirandar na busca do infortúnio de quem circula numa qualquer curva da estrada que liga a povoação ao mundo real. Pois bem, é nesta terra que trata tu cá, tu lá as almas do outro mundo que uma população tolhida pelo medo foi testemunha das acções violentas de um indivíduo romeno que está ligado a práticas ilegais de tráfico de mão-de-obra do seu país, sob a capa de uma empresa de trabalho temporário e sobre o qual impendem mandados de captura.» Carlos Dias, Público, 11/08/2009

«No conjunto das seis concessões de auto-estradas que já foram adjudicadas, a diferença entre a proposta inicial e a final, que sucede à fase de negociações dos concursos, é em média de 57 por cento, apesar de todos os cadernos de encargos referirem que os valores finais não podem resultar em condições menos vantajosas para o concedente Estradas de Portugal, noticia hoje o Jornal de Negócios.» Público, 11/08/2009

domingo, 9 de agosto de 2009

«O tempo flui sempre como o rio: melancólico e equívoco a princípio, precipitando-se a si mesmo à medida que os anos vão passando. Como o rio, enreda-se entre as ulvas tenras e o musgo da infância. Como ele, despenha-se nos desfiladeiros e nas cascatas que assinalam o início da sua aceleração. Até aos vinte ou trinta anos, pensamos que o tempo é um rio infinito, uma substância estranha que se alimenta de si mesma e nunca se consome. Chega, porém, um momento em que o homem descobre a traição dos anos. Chega sempre um momento - o meu coincidiu com a morte da minha mãe - em que, de súbito, a juventude acaba e o tempo degela como um montão de neve atravessado por um raio. A partir desse momento, os dias e os anos começam a diminuir e o tempo converte-se num vapor efémero - como o que a neve desprende quando derrete - que a pouco e pouco envolve o coração, adormecendo-o. E, assim, quando queremos dar-nos conta, já é tarde para tentar sequer rebelar-nos.»
Excerto de " A chuva amarela ", de Julio Llamazares, Trd. António José Massano, Ed. Terramar

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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