Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pavement -" Major Leagues "

Mar sonoro



Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.

A tua beleza aumenta quando estamos sós

E tão fundo intimamente a tua voz

Segue o mais secreto bailar do meu sonho.

A minha discoteca: " Sandinista " - The Clash(vinyl)



1. The Magnificent Seven 2. Hitsville U.K.

Ver aqui na Wikipédia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

The Go-Betweens -" Was There Anything I Could Do?"

Arca de Noé

1) «Ao ritmo do seu consumo actual, a Humanidade precisará de dois planetas no início da década 2030 para responder às suas necessidades, assinala hoje o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) »

2) «Não: agora devemos ser resgatados, os cidadãos, favorecendo com rapidez e valentia a transição de uma economia de guerra para uma economia de desenvolvimento global, em que essa vergonha colectiva do investimento de três mil milhões de dólares por dia em armas, ao mesmo tempo que morrem de fome mais de 60 mil pessoas, seja superada. Uma economia de desenvolvimento que elimine a abusiva exploração dos recursos naturais que tem lugar na actualidade (petróleo, gás, minerais, carvão) e que faça com que se apliquem normas vigiadas por uma Nações Unidas refundadas – que envolvam o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial “para a reconstrução e desenvolvimento” e a Organização Mundial de Comércio, que não seja um clube privado de nações, mas sim uma instituição da ONU – que disponham dos meios pessoais, humanos e técnicos necessários para exercer a sua autoridade jurídica e ética de forma eficaz.»

3) « Não só Adão e Eva se fizeram expulsar do Éden, mas também a paisagem desgastada pela erosão que deixaram para trás preparou o palco para o Dilúvio de Noé. Nos tempos iniciais, quando os montículos da cidade eram baixos e facilmente transformáveis em pântanos, o único refúgio teria de ser um barco. A versão suméria da lenda, contada na primeira pessoa por um homem chamado Utnapishtim, soa como sendo real, com pormenores vívidos sobre o mau tempo invulgar e as barragens destruídas. Nesse relato podemos ver não apenas o antecedente da história bíblica, mas também o primeiro relato por uma testemunha ocular de uma catástrofe ambiental provocada pelo ser humano:

Nesses dias a terra era abundante, o povo multiplicava-se...Enlil ouviu o clamor e disse aos deuses reunidos em conselho que «o estrondo da humanidade é intolerável e já não se consegue dormir...» Portanto, os deuses concordaram em exterminar a humanidade.

Enlil, o deus das tempestades, é o instigador; outros, incluindo Ishtar, deusa do amor e rainha do céu (uma predecessora menos virginal de Maria) concordam. Mas Ea, o deus da sabedoria, avisa Utnapishtim num sonho: «Deita abaixo a tua casa, digo-te, e constrói um barco, abandona as tuas posses e procura a vida...Leva para o barco a semente de todas as criaturas vivas».

1) Sol Online,29/10/2008

2) José Saramago, no blogue O Caderno de Saramago

3) Excerto de " Breve história do progresso ", de Ronald Wright

Marilyn Monroe -" Diamonds Are A Girl's Best Friend "

terça-feira, 28 de outubro de 2008

" - Já reparaste, Sal, que as prateleiras que eles fazem actualmente abrem rachas sob o peso de bricabraque, ao fim de seis meses, ou desabam de uma maneira geral? Acontece a mesma coisa com as casas, a mesma coisa com as roupas. Estes sacanas inventaram as matérias plásticas com que podiam construir casas que durassem eternamente. E pneus. Os americanos matam-se aos milhares todos os anos por causa de pneus de borracha defeituosos que aquecem na estrada e rebentam. Podiam fabricar pneus que não rebentassem. Passa-se a mesma coisa com o pó dentrífico. Há uma certa goma, que eles inventaram e não mostraram a ninguém, que se a mascarmos em miúdos, nem uma cárie temos até ao fim da vida. É a mesma coisa com as roupas. Podem fabricar roupa que dura para sempre. Preferem fabricar artigos ordinários por forma a que toda a gente seja obrigada a continuar a trabalhar e a picar relógios de ponto e a organizar-se em sindicatos sinistros e a debater-se com dificuldades enquanto o grande saque prossegue em Washington e Moscovo. "


Excerto de " Pela Estrada Fora ", de Jack Kerouac, Trd. Armanda Rodrigues e Margarida Vale de Gato.

Four Tops -" Reach Out, I'll Be There "

Perry Como - " Relaxing with Perry Como "




Prisoner Of Love

Till The End Of Time

Over The Rainbow

...


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Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?


Queria falar contigo,
dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.

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Excerto de " Pequena elegia de Setembro", de Eugénio de Andrade

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Fela Kuti: A música é a arma






*«MELILLA.- Decenas de inmigrantes de origen subsahariano, en torno a medio centenar, intentaron entrar hoy desde Marruecos a Melilla aprovechando la rotura de una valla fronteriza, como consecuencia de la tromba de agua que cayó sobre la ciudad durante toda la jornada del domingo.
Los indocumentados aprovecharon a primera hora de esta mañana, pasadas las 6.00 horas, para intentar entrar irregularmente a Melilla por la zona donde se están realizando obras en la aduana de Beni-Enzar. En ese lugar hay un arroyo en el que el agua de las inundaciones, unido al barro y las piedras que arrastró, impiden cerrar las compuertas de seguridad de las vallas.»


* El Mundo Online de 27/10/2008.

Música: Nneka - "Changes"

Nneka - "Africans"

" O patriotismo pode muito bem ser, como disse o Dr. Johnson, «o último refúgio dos patifes», mas é também o primeiro recurso do tirano. As pessoas que têm medo dos estrangeiros são facilmente manipuláveis. A casta dos guerreiros, supostamente protectora da sociedade, amiúde torna-se numa máfia da protecção. Em tempos de guerra ou de crise, facilmente uns poucos roubam o poder da maioria com a promessa da segurança. Quanto mais oculto ou imaginário o inimigo, tanto melhor para impingir a sua aceitação. A Inquisição conheceu uma grande expansão porque lutava contra o Diabo. E a luta do século XX entre capitalismo e comunismo tinha todas as marcas típicas das velhas lutas religiosas. Será que defender um dos sistemas realmente valia o risco de rebentar com o mundo todo?

Agora estamos a perder liberdades duramente conquistadas, com o pretexto de uma «luta contra o terror» à escala mundial, como se o terrorismo fosse algo de novo. (Aqueles que acham que é uma novidade deviam ler The Secret Agent, um romance em que anarquistas bombistas suicidas rondam Londres carregados de explosivos; foi escrito por Joseph Conrad há 100 anos atrás. O fanático muçulmano está a mostrar-se um digno substituto do herético, do anarquista e, especialmente da Ameaça Vermelha tão conveniente para os orçamentos militares da Guerra Fria."


Excerto de " Breve História do Progresso ", de Ronald Wright, Trd. José Couto Nogueira; Música "Regiment", de Brian Eno e David Byrne

The Undertones - "My Perfect Cousin"

domingo, 26 de outubro de 2008

El mundo después del 'crash'*

John Maynard Keynes
«Con esta crisis multiforme y poliédrica ha desaparecido también una forma de hacer la política económica, que ha sido dominante en el último cuarto de siglo. Aquella que había formalizado el dogma de que los mercados son los que mejor saben qué hacer. Del mismo modo que hay ciclos en la coyuntura también hay ciclos ideológicos que conceden el énfasis a las distintas herramientas económicas. Y ha comenzado otro. En el año 1936, el que probablemente ha sido el economista más influyente del siglo XX (y lo vuelve a ser ahora), John Maynard Keynes, escribió en su obra magna Teoría general de la ocupación, el interés y el dinero: "Las ideas justas o falsas de los filósofos de la economía y de la política tienen más importancia de lo que en general se piensa. A decir verdad, ellas dirigen casi exclusivamente el mundo. Los hombres de acción que se creen plenamente eximidos de las influencias doctrinales son normalmente esclavos de algún economista del pasado". Las ideas keynesianas, tan menospreciadas en el último cuarto de siglo, están siendo aplicadas ahora por quienes tratan de sacar a la economía de la camisa de fuerza de la revolución conservadora y de la desregulación permanente. No por casualidad, sino como un signo de los tiempos, la Academia Sueca ha concedido hace unos días el Nobel de Economía a quien es uno de los neokeynesianos más insignes: Paul Krugman.»
*Joaquín Estefania, El País Online,26/10/2008

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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