Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

sábado, 4 de abril de 2009

Kokigami: arte para adornar o pénis

Ver aqui o livro" Kokigami: Performance Enhancing Adornments for the Adventurous Man ", de Burton Silver e Heather Busch.

E, aqui site Kokigami.

Aguenta-te canalha*

Título em português do filme "A Fistful of Dynamite "

« Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina.» Ler aqui crónica de João Miguel Tavares, DN,03/04/2009

Escultura de Jeff Koons, retirada do blogue Linka-me.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Soneto dos 45 anos*

Serán ceniza, mas tendrá sentido;

Polvo serán, mas polvo enamorado.



Francisco de Quevedo





Que soubeste fazer da tua vida

depois de tantos anos à procura

do que chamavas terra prometida

no meio da floresta mais escura?

Por que deste consolo a essa ferida

que ainda continua a arder sem cura

se do teu coração não há saída

e o tempo te devora em lenta usura?

O que te ensina hoje cada dia

se já pouco te dói como doía

e tudo se transforma em quase nada?


Apenas o amor, que será só

memória de quem és, do pó ao pó

- cinza talvez, mas cinza apaixonada.



domingo, 29 de março de 2009

Alminhas da Ponte








«Estamos prestes a chegar ao termo da nossa jornada,a ver o fim a esta digressão resplandecente. De uma banda a foz do Sousa, na outra margem, mais abaixo, Crestuma. Num jardim há uma estrela de flores, imensa, que quase cobre a ponta avançada do monte, coroado por uma espessa cabeleira de mata. É a casa de um velho e querido amigo... Só à noitinha, por este prolongado entardecer de Verão, entrámos no Porto, pusemos pé na terra firme da Ribeira, ao cabo de três belos dias de jornada. A velha cidade acolhe-nos neste lugar pitoresco, com o casario miúdo a escorrer pela escarpa abaixo, a gente palreia que se junta para nos receber, espantada com tais viajantes. Tudo faz lembrar o burgo antigo, amassado em pedra de granito e implantado aqui, no termo da caminhada do Douro, antes da última curva, em que pela assoreada barra se precipita no mar. Desembarcámos naquele ponto exacto da muralha, onde numa parede um painel de bronze, com as suas lâmpadas votivas, assinala a catástrofe da Ponte das Barcas, quando ali, no terror das Invasões Francesas, pereceu tanta e tão pobre gente. É um episódio doloroso que se conta na história deste nosso rio.»


1) Fotografia das "Alminhas da Ponte ", de Teixeira Lopes(Pai), via Wikipédia.
2) Fotografia de pormenor das " Alminhas da Ponte ", via altodominho.blogspot.com.
3) Música" Te Deum ", de João Domingos Bomtempo, via Youtube.
4) Excerto de " Douro abaixo "(escrito em Março de 1963), incluído no " Roteiro Sentimental Douro ", de Manuel Mendes, Ed. Afrontamento, 2oo2, 3ª Edição(1ª em 1964 e 2ª em 1967)

Arquivo do blogue

Acerca de mim

" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

FEEDJIT Live Traffic Feed