Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

sábado, 14 de julho de 2007

King Crimson -" In the Court of the King Crimson"

Belo Portugal

O castelo de Lindoso

Ver roteiro turístico do Norte de Portugal, publicado no El País

quinta-feira, 12 de julho de 2007

A filosofia em seu bolso

por Umberto Eco

Vai ver que é porque as pessoas já não agüentam a TV-lixo, vai ver é porque no mundo acontece tanta coisa horrível que sentimos necessidade de alguns momentos de reflexão serena. Mas o fato é que estão se multiplicando os lugares e as oportunidades em que se torna a propor a filosofia ao grande público. Precisamente aquela filosofia do secundário, talvez num café em que as pessoas se reúnem aos domingos, como em Paris, ou por meio de vulgarizações de fácil leitura, às vezes fazendo acorrer um público inacreditavelmente amplo a salas onde filósofos profissionais discutem. Em tudo isso há um pouco de modismo e de simplificação midiática, claro, mas o sintoma não deve ser subestimado. Por isso me ocorre fazer algumas propostas para os não-especialistas, e também para aqueles que não estudaram filosofia no secundário ou que foram ouvir as palestras de supostos filósofos e não entenderam nada. A todos eles, aconselho o caminho mais simples: ler o que escreveram os verdadeiros filósofos. Nem sempre a filosofia tem de parecer fácil, às vezes precisa ser difícil, mas não está escrito em lugar nenhum que é necessário falar difícil para filosofar. Na filosofia, a dificuldade da linguagem não é sinal nem de qualidade nem de perversidade, não raro depende do problema que está sendo abordado. Há obras-primas filosóficas que modificaram nosso modo de ser e de pensar e que são fatalmente difíceis, razão pela qual não convidarei ninguém que não seja especializado a ler Metafísica ou o Órganon de Aristóteles, a Crítica da razão pura, de Kant, ou aquele livro sublime, mas impraticável que é Ética, de Spinoza. Mas há também filósofos que souberam falar de modo acessível, e freqüentemente são os mesmos que em outras obras falaram de modo inacessível. Por isso aconselho alguns livrinhos nos quais se vê como é possível filosofar sem usar muitos termos técnicos. Comecemos por Platão. Gostaria de propor o Críton, com o qual aprendemos como e por que um cidadão não tem de escapar da observância às leis e, passando para Aristóteles, a Poética. Esqueçam que ela trata da tragédia clássica. Leiam-na como se nos descrevesse como se faz um romance policial ou um filme de bangue-bangue. Pois nosso homem já tinha entendido tudo aquilo que, mais de 2 mil anos depois, Hitchcock ou John Ford acabariam por compreender. Depois leiam o De Magistro, de Santo Agostinho. Livrinho genial por sua simplicidade e agudeza.
Mesmo sendo eu um cultor da Idade Média, acho difícil aconselhar um texto da grande era escolástica, porque poucas páginas, lidas fora de seu contexto sistemático, podem desencaminhar. Saltemos o fosso, o estritamente filosófico, e orientemos nosso leitor para o epistolário (o amoroso, é claro) de Abelardo e Heloísa. Não esperem muito sexo, mas vale a pena. Para o Renascimento, tentemos a Oração sobre a dignidade do homem, de Pico della Mirandola. Em seguida (mas só para antologia, e quantas há!), algumas passagens dos Ensaios, de Montaigne. São benéficos mesmo em doses homeopáticas. Logo depois, o Discurso sobre o método, de Descartes, exemplar em sua clareza, seguido de uma antologia dos pensamentos de Pascal. E, por fim, um filósofo que escrevia como se estivesse conversando com os amigos, depois do jantar: culto e sensato, o John Locke do Ensaio sobre o intelecto humano. A obra toda é longa, mas sugeriria que nos limitássemos ao terceiro livro, aquele dedicado ao uso que fazemos das palavras. Como no caso de Aristóteles, leiam-no como se Locke nos falasse dos discursos de hoje, comparem suas observações com as primeiras páginas dos jornais e com os debates televisivos de nossos dias. No tocante ao Iluminismo, eu ficaria por enquanto com o Cândido, de Voltaire; afinal, trata-se de um romancezinho, e muito agradável. O século XIX é um bicho feio, são livrões difíceis, mas só nós, os italianos, não consideramos o Zibaldone, de Leopardi, uma obra de alta filosofia. Também aí procedamos por saltos antológicos, uma pagininha ou duas à noite, antes de adormecer. Ou, então, lá vai uma proposta provocatória: já que Kant é, por definição, demasiado exigente, podemos flagrá-lo quando, para complementar o salário, dava aulas aos estudantes sobre temas que não eram da sua especialidade, e se mostrava divertido, bizarro, capaz de contar anedotas e expressar opiniões até paradoxais: ou seja, vamos ler suas lições de antropologia.E depois? Depois, o Ecco! terminou, e deixo para lá os contemporâneos. A não ser que desejem, saltitando aqui e acolá, bebericar algumas das observações de Wittgenstein em (não se deixem assustar pelo título) Pesquisas filosóficas. De vez em quando dirão que era louco. Era louco, sim. Mas que louco!


edição 5 - Setembro 2005, Revista Entre Livros

Silicone











Nelson ululante


Ler aqui artigo publicado na Revista Entre Livros.

EELS -" Susan's House"

Uma bela rosa


Fotografia de Hermann Forsterling

orange juice -" rip it up "

Uma bela ninfa


Fotografia de Hermann Forsterling

Hermann Forsterling


Hermann Forsterling, ver site aqui.

REM -" Radio Free Europe"

The Doors -" Light My Fire"

Scarlett Johansson


Retirado do Blogue da Atlântico, do post de Rodrigo Adão da Fonseca.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

domingo, 8 de julho de 2007

Rio de Onor

Rio de Onor
Portfólio de Adriano Miranda

Revista Pública de 08/07/2007

Alfred Hitchcock Presents - " Revenge "





Linton Kwesi Johnson LKJ Reggae video, England

Regine Crespin

RUBÉN AMÓN
PARÍS.- Extraña la epidemia veraniega que se abate sobre las sopranos de leyenda. El lunes moría Beverly Sills, expresión canora de la coloratura, de la acrobacia, del refinamiento. Y el jueves falleció en París Regine Crespin, coetánea de la colega norteamericana, aunque la recatada maestra marsellesa pertenecía a la estirpe de las sopranos dramáticas. Fue mariscala de Strauss y sacerdotisa de Wagner.
De hecho, Regine Crespin fue capaz de elevarse a la colina sagrada de Bayreuth para convertirse en la Kundry de Parsifal. La cantante era un extraño ejemplo de frescura, de versatilidad y de expresividad.
Imposible olvidar sus 'pianissimos' y su dicción. Tan valiosos como su capacidad para matizar las frases, colorear las notas, desenvolverse en un amplísimo registro vocal: empezó la carrera como soprano de porcelana y la terminó como una 'mezzo' forjada en el brillo atenuado de los metales nobles.
Tenía que morir en verano. Tenía que convertirse en el cameo de 'Le nuits d'été', sobrenombre de un ciclo de canciones que Héctor Berlioz había escrito a medida de Regine Crespin muchos años antes de que la musa hubiera nacido. Porque nadie como ella interpretaba el pasaje sobrecogedor de 'El espectro de la rosa'. Berlioz le dio forma inspirándose en el poema homónimo de Gautiera.
Ahora se ha convertido en mortaja y en epitafio: "Mi destino fue digno de envidia, y por tener un destino tan bello más de uno habría dado su vida; pues en tu pecho tengo mi tumba, y sobre el alabastro donde reposó un poeta con un beso escribió: 'Aquí yace una rosa que todos los reyes envidiarán'", cantaba Crespin. La muerte le ha sorprendido a los 80 años.
Se retiró en 1990 con un recital crepuscular y emotivo. Vivía refugiada en un coqueto apartamento de Pigalle, con fama de huraña y de solitaria. No le gustaba ver fotos ni escuchar grabaciones antiguas. Les encontraba defectos imperdonables, aunque los melómanos discrepan con la diva objetivamente.
¿Las pruebas? Al margen de la versión histórica de Les nuits d'été (Decca) a las órdenes de Ansermet, descollan e impresionan su implicación en 'El caballero de la rosa', con Georg Solti, y su concurso en 'La Valquiria', de la mano de Herbert von Karajan. Son el testamento de una carrera cuyo origen se remonta a 1946, cuando Crespin tenía 15 años y entró en la escuela de cantantes de Madame Kossa.
Al año siguiente, el concurso organizado por la revista Opera le permitió obtener una beca para pagarse los estudios de élite en el Conservatorio de París. En 1948, Crespin debutó profesionalmente en Reims como protagonista femenina de Werther (Massenet), aunque tuvo mayor repercusión su bautismo wagnerniano.
Sucedió en el modesto teatro de Mulhouse con motivo de un montaje de Lohengrin que llamaría la atención de la Opera de París y del hermético festival de Bayreuth. Fue el inicio de una carrera internacional que le permitió coleccionar medallas y rosas en todos los coliseos líricos del planeta. Incluido el Liceo de Barcelona, donde la soprano francesa se confirmó en 1961 como una sublime Sieglinde.
La afinidad al repertorio germano se concedió notables excepciones en otras lenguas. Crespin fue Desdémona (Otello) y fue Tosca. Estrenó mundialmente 'Los diálogos de carmelitas', de Poulenc, e incluso tuvo tiempo de reciclarse como una mayúscula Carmen de Bizet.
A mediados de los 70 se empleó como profesora de canto en el Conservatorio de París. Era una manera de reconciliarse con sus orígenes académicos y de buscar nuevos estímulos profesionales. Crespin publicó un libro de memorias en 1982 ('La vida y el amor de una mujer') donde quería mirarse al espejo y reconocerse sin grandilocuencia. Modestia de una diva que tiene en su honor la creación de un tipo de rosa con su nombre. Y con su espectro.

Howard Devoto - "Rainy Season"

Lambchop -" Up with People "

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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