Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

sábado, 16 de junho de 2007

" A aventura " - Michelangelo Antonioni

Antonioni é um dos meus realizadores preferidos. Este filme povoou os meus sonhos e ainda hoje me provoca as mesmas sensações.

" Northern Sky " - Nick Drake

Adoro esta música. Conheci Nick Drake, através do programa de rádio " Aqui rádio silêncio ", de Migues Esteves Cardoso.

Alphonse de Neuvilhe


Alphonse de Neuvilhe, retratou com as suas ilustrações, a Guerra Civil Americana.

Do registro à sedução:os primeiros tempos da fotografia na publicidade brasileira


A fotografia e o Art Nouveau em anúncio dos cigarros Fon-Fon. Revista A Lua, jan. 1910.

Publicidade Brasileira Séc. XX-1


Anúncio do Mel Jatahy Doria. Revista A Cigarra, 10 ago. 1917.

Camouflage by Stan Ridgway



1953 Chrysler Windsor Deluxe

Mexican Radio By Wall Of Voodoo


Livro do desassossego: Fragmento 01
Autobiografia sem factos

Livro do desassossego: Fragmento 01
Autobiografia sem factos

Tempos modernos


Youngstown Steel Kitchens by Mullins, 1949

" L´Áge D´Or " - Luis Bunuel

L´Áge D´Or, realizado em 1930, por Luis Bunuel.

Um dos realizadores que mais me marcou. Surrealista.O argumento deste filme foi feito em conjunto com Salvador Dali.

"Generals and Majors" - XTC

Esta música é uma autêntica pérola Pop.

"I Could Be Happy" - Altered Images


Esta música faz parte da minha vida. A sua descoberta deve-se a Miguel Esteves Cardoso.

Memórias da Guerra Civil Espanhola



Exposição de fotografia, inaugurada em Barcelona, ver aqui.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Decálogo Novo

Decálogo Novo


Paulo Ferreira da Cunha*

Chegam-me pela Net os Novos dez mandamentos. Julguei que seria algum estudo sobre o interessante livro de Fernando Savater, Os Dez Mandamentos para o Século XXI, em que o filósofo espanhol questiona directamente Jeová, numa coloquialidade perturbadora para os mais ortodoxos. Mas não, trata-se mesmo de um novo decálogo.
Passo a citar, com a devida vénia, e esta maior, porque se trata de Mandamentos:
“1. Amarás o universo, a natureza e a vida sobre todas as coisas. (Francisco de Assis).
2. Amarás a ti mesmo com o esquecimento e o mundo com a lembrança. (Buda, Hannah Arendt)
3. Darás sempre início ao novo, pois os humanos, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para recomeçar. (Agostinho de Hipona, Hannah Arendt)
4. Não forjarás ideais contrários à vida e à alegria de viver. (Séneca, Lucrécio, Nietzsche)
5. Não te torturarás com o passado e com o futuro para não sofreres em vão. (Buda, Séneca, Nietzsche)
6. Só desejarás a justa medida das riquezas: primeiro, o necessário; segundo, o suficiente. (Séneca)
7. Não dirás que tua vida é ou foi frustrada; vida alguma jamais se frustra. (Séneca, Nietzsche, Henry James)
8. Não obedecerás sem pensar no que te leva a obedecer. (Hannah Arendt, Winnicott)
9. Não dirás que tua verdade é a única, e sim aquela em que mais acreditas. (William James)
10. Não eternizarás esse decálogo. (todas as vítimas da intolerância)”.
Não posso assegurar que a proveniência dos pensamentos feitos Mandamentos seja sempre correcta. Poderá haver uma ou outra falha de atribuição. Já vi poemas de pé quebrado pinga-amores em português do Brasil atribuídos a Shakespeare, e até máximas de auto-ajuda assinadas com nomes de pintor célebre. Mas isso não importa. O pensamento em si é que é importante.
Tenho muitas dúvidas de que o velho Decálogo de Moisés esteja já totalmente ultrapassado. Como se pode esquecer o Não matarás, o não roubarás? Não vou tão longe como o jurista Alvaro D’Ors – filho do filósofo do barroco, Eugenio D’Ors – que chegaria a afirmar que este Decálogo seria uma espécie de resumo dos deveres de Direito natural. Mas, independentemente dessa polémica, sem dúvida muito técnica, o carácter concreto dos X Mandamentos revela-se ainda de alguma utilidade num Mundo que tarda a ver as coisas simultaneamente com outra leveza e com outra profundidade e responsabilidade. Seria de pensar que, no séc. XXI, o Homem já não precisasse de cadeias de ferro tão apertadas. Mas, infelizmente, revela-se que o verniz de educação e de civilização estalam à primeira contrariedade forte. Nem é preciso vir uma Guerra. Uma catástrofe, um isolamento, uma irritação, e começa-se logo a clamar que precisa o bicho-homem de cenoura e chicote. Chega a ser desalentador. Precisamente por isso é que temos de continuar a rolar a triste pedra da nossa condição humana até ao cume da montanha da nossa Humanidade sonhada... ou “natureza humana”.
Estes mandamentos têm a vantagem de não perturbar muito cada um com interditos explícitos. O problema é se somos capazes de ter a inteligência e a sensibilidade suficientes para advertir que, por detrás da boa intenção e da souplesse do mandamento novo, estão também, necessariamente, proibições. Seremos capazes de nos limitar a nós mesmos não com sentido escrupuloso farisaico e policial, mas com uma consciência esclarecida, não supersticiosa, aberta, ao mesmo tempo eticamente exigente?
Amarás… Seremos capazes de ver que amar é muito mais complicado e custoso que simplesmente não fazer isto ou não fazer aquilo, pelo simples medo do fogo inferno?
Característica deste decálogo novo é o seu assumido não dogmatismo. Nem se pode dizer que a própria verdade é a única, nem sequer um tal decálogo poderá ser eternizado. Questão interessante. Ainda muitos milhões de indivíduos vivem imersos em pseudo-verdades, que são as suas. Mesmo gente instruída e pseudo-culta acorda de manhã, vê-se ao espelho e sorri por ter tanta certeza nas suas verdades, na sua Verdade. E contudo, cá para nós, muitas dessas verdades, de massas e de pseudo-elites, não valem uma análise rigorosa de dois minutos. Como Gustave le Bon estudou, em La vie des Vérités, o Homem precisa de crenças, que transmuta em verdades. E essa necessidade é força.
Este Decálogo é elitista. Serve a quem tenha já alguma auto-contenção. É um possível guia para o futuro. Infelizmente, hoje, apesar de todas as críticas (e divertidas) de Savater aos Mandamentos do Sinai, ainda há muito quem precise da maioria deles. É a triste constatação. Basta ler o jornal.

PauloFerreiradaCunha@constitucional.com.br

" Verdes anos " - Paulo Rocha




" Verdes anos ", realizado por Paulo Rocha e musicado por Carlos Paredes, nasceu comigo em 1963, e ainda hoje continua a ter a mesma frescura.

Blow-up - Michelangelo Antonioni






















Amo este filme, para mim é dos filmes mais perfeitos.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Fernanda Abreu


Fernanda Abreu, Casa da Música, 09/06/2007. Foto de Luís Fonseca
Excelente comunicadora, criou empatia com o público presente. O espectáculo baseou-se no último CD/DVD: " MTV ao vivo ".
Em termos musicais não tem inovado, repetindo a fórmula, que lhe tem dado algum êxito.

domingo, 10 de junho de 2007

" Je t ´aime , moi non plus "


" Jeaime, moi non plus ", de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, faz parte do nosso imaginário.

Memórias da Condessa de Mangualde


Estou a ler este magnifico livro, que retrata as incursões monárquicas entre 1910/1920, após a instauração da República.
Pelo pitoresco não resisto a transcrever parte de uma carta do Conde de Mangualde, enviada à sua esposa:
" No meio disto há uma frase que se tem tornado famosa entre nós, é a de um desgraçado meu antigo condiscípulo que resolveu grandes empenhos para se incorporar no meu grupo. Acedi. Começou a marcha aos tropeções pela idade e cansaço e dores nos pés. Lá seguiu como pôde, quase sempre atrás de todos, até que em Cazares recebemos o ataque da cavalaria de Chaves. Ele logo que avistou a cavalaria deitou a fugir para Espanha e consta que dizendo: «Quem me mandou a mim ser patriota! » "

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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