
Ver aqui site de " La graine et le mulet ".
Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com
«Dantes uma rapariga perdia a virgindade antes do casamento e era ostracizada. Agora, uma virgem é alvo de gozo. Acho que é por vergonha que o clube que fundei ainda não tem mais membros. Talvez tenha feito pouca divulgação. Fiz um blogue e só apareceram rapazes! Talvez ajude falar nisto num jornal.
Tenho uma amiga que tem 25 anos e é virgem porque é evangélica. Convidei-a para vir para o clube e ela não aceitou para não irritar os outros evangélicos. Eu não sou virgem por uma questão religiosa. Não tenho religião. Nem sequer sou baptizada. Sou virgem por não ter encontrado a pessoa que me despertará corpo e alma. Estou à espera do meu príncipe encantado.»
Excerto de artigo de Ana Cristina Pereira, P2 de 26/04/2009, a partir de uma conversa com Margarida Menezes criadora do Clube das Virgens.
Música de Tiago Guillul, evangélico.
«P. Então por que não se dedicam os enfadados ocidentais, saudosos de decisões morais, a mudar o mundo?
R. Receio bem que não estejam interessados. Não temos interesse em nenhuma zona para além da nossa esquina do mundo. Estamos armadilhados na nossa história social. Olhe, eu nem sou capaz de lhe dizer o nome do primeiro-ministro português! E sou supostamente um homem culto. Vimos, na televisão, imagens de pessoas a morrerem à fome no Sudão. Que fazemos? Nada. As nossas atitudes são completamente provincianas. As nossas vidas são controladas. Se sou dentista, ou professor, não vou desistir da minha carreira para ir para África. Somos prisioneiros, embora não o saibamos.»
Excerto de entrevista de Paulo Moura a J.G.Ballard, publicada em 2004 no Público, ler aqui na íntegra no blogue Repórter à solta, de Paulo Moura.