Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

sábado, 7 de junho de 2008

Sparks

Sparks - "Perfume"


Sparks -" I Married Myself "


Sparks - " When Do I Get to Sing My Way?"

Continuando nas nuvens...

The Mystery Of Bulgarian Voices - "Devoiko Mari Hubava"




Gerhard Richter -" Wolke Cloud "

sexta-feira, 6 de junho de 2008

À volta do fogo


" Sem actividade criadora não há liberdade nem independência. Cada instante de liberdade é preciso construí-lo e defendê-lo como um reduto. Representa um estado de esforço alegre e doloroso; alegre, porque dá ao homem a consciência do seu valor; e doloroso porque lhe exige trabalho nos dias de paz e a vida nas horas de guerra.

A escravidão é feita de descanso e de tristeza. "

Exposição a ver no Museu de Resende.
Excerto de " Arte de Ser Português ", de Teixeira de Pascoaes, Ed. BI.020

Sonhos,pesadelos...!

Tim Burton - "Vincent"

" O primeiro trabalho em stop-motion de Tim Burton. Conta a história de Vincent Malloy, um garoto de 7 anos que quer ser como Vincent Price. A narração é do próprio Price. "

Uma nova forma de cantar o fado

Deolinda, ouvir aqui no My Space.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Alegremente viciante

M.I.A. - "Jimmy"

Melodias primaveris

Edwyn Collins - "A Girl Like You "


Edwyn Collins - "You'll Never Know"

Retratar o outro com o nosso olhar

"Blow-up" - Michelangelo Antonioni


" Peeping Tom " - Michael Powell

Memórias e emoções vividas em tempos idos

A memória é a nossa melhor companheira. Os meus avós coziam a broa de milho no forno a lenha, e, todos os seus gestos, ficaram gravados para sempre na minha sensibilidade epidérmica.

Tempos simples e felizes, povoados por acontecimentos como este.

Não tinha televisão, nem rádio, nem telefone, nem...

Beleza em estado puro!

Radiohead -" No Surprises "

Noção de Pátria


" Dissemos que uma raça era um ser vivo, com a sua ascendência remota que lhe transmite uns certos caracteres físicos e morais, que ele orienta num bom ou mau sentido, conforme o seu estado de saúde ou patológico.

Por isso, uma Pátria é também um ser vivo superior aos indivíduos que o constituem, marcando, além e acima deles, uma nova Individualidade. Esta nova Individualidade representa consequentemente uma expressão da Vida superior à vida animal e humana.


Os portugueses são seres animais e humanos; A Pátria portuguesa é um ser espiritual.


A Pátria portuguesa é um ser espiritual que depende da vida individual dos portugueses. Por outra: as vidas individuais e humanas dos portugueses, sintetizadas, numa esfera transcendente, originam a Pátria portuguesa.


Temos de considerar a nossa Pátria como um ser espiritual, a quem devemos sacrificar a nossa vida animal e transitória. "
Esculturas de Rosa Ramalho
Excerto de " Arte de Ser Português ", de Teixeira de Pascoaes ", Ed. BI.020

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Os pequenos não têm nem fazem ofício...


"Frente a uma ASAE que "permite" que governantes fumem em aviões fretados, mas inutiliza comida a instituições de solidariedade social por incumprimento de regras meramente formais, que diria o Padre António Vieira? "Os maiores comem os pequenos; e os muito grandes não só os comem um por um, senão os cardumes inteiros, e isto continuamente sem diferença de tempos, não só de dia, senão também de noite, às claras e às escuras." Os pequenos não têm nem fazem ofício "em que os não carreguem, em que os não multem, em que os não defraudem, em que os não comam, traguem e devorem"."



Excerto de crónica de Anselmo Borges, publicada no DN de 31/05/2008

Tempos modernos?!

"Com a subida dos preços alimentares, está aí mais fome. Evidentemente, para os pequenos. Há razões várias para a carência, mas uma delas é a especulação. Como é possível especular com o sangue dos pobres? "Porque os grandes que têm o mando das cidades e das províncias, não se contenta a sua fome de comer os pequenos um por um, ou poucos a poucos, senão que devoram e engolem os povos inteiros. E de que modo os devoram e comem? Não como os outros comeres, senão como pão. A diferença que há entre o pão e os outros comeres é que para a carne há dias de carne, e para o peixe, dias de peixe, e para as frutas, diferentes meses do ano; porém o pão é comer de todos os dias, que sempre e continuadamente se come: e isto é o que padecem os pequenos. São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos."

Excerto de crónica de Anselmo Borges,publicada no DN de 31/05/08

Excerto do filme " Tempos modernos ", de Charlie Chaplin

Dizem que somos mais civilizados!

04.06.2008 - 09h27 PÚBLICO
Dez cavalos da raça Garrana foram abatidos a tiro de caçadeira anteontem e ontem na área de Paisagem Protegida de Corno de Bico. A GNR já está a investigar o caso, noticia hoje o “Jornal de Notícias”.

Os animais foram mortos quando pastavam nas serranias da Paisagem Protegida de Corno de Bico. Três animais mortos e dois gravemente feridos foram encontrados anteontem em Arcos de Valdevez. Os dois feridos tiveram de ser abatidos pelo veterinário. Os outros cinco foram encontrados mortos ontem, em Paredes de Coura.

O caso deverá ser participado ao Ministério Público como “crime de dano”. Carlos Araújo, proprietário de grande parte dos garranos, disse ao jornal que vai apresentar uma queixa-crime contra incertos. “Não tenho suspeitos nem vejo motivos para uma coisa destas”, disse.Actualmente estimam-se em dois mil os garranos dispersos por 17 concelhos do Minho e Trás-os-Montes.

Contrastes

" O velório " - Fotografia de Eugene Smith
Fotografia de Yann Arthus-Bertrand

Habitações sobre uma ilha, no rio Niger, entre Bourem e Gao, no Mali.

Energia encantatória e incandescente

Tinariwen - " Mataraden anexan "

Simplicidade, despojamento, emoção,paixão...


Desert Blues, a music project with Habib Koité, Afel Bocoum and the Tuareg-Women-Ensemble Tartit from Timbuktu. All this musicians are poets and play the traditional instruments like Tinde, Tehardant, Balafon, Imzad -- but also electric guitars.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Símbolos Nacionais (1)

" Galos de Barcelos " - Azulejos de Rocha Maia

PIL -" This Is Not A Love Song "

Philip Glass -" Koyaanisqatsi "

domingo, 1 de junho de 2008

A Europa não é o que era *


" Por uma vez, em muito tempo, os portugueses não têm para onde olhar. Brasil, África e Europa pertencem ao passado. Com a particularidade de a Europa e o mundo terem deixado de ser fronteiras e horizontes a explorar e se terem transformado em ameaças e fontes de crise. Por uma vez, em muito tempo, os portugueses têm de contar consigo, só podem mesmo contar consigo próprios. O que, numa sociedade livre e num mundo aberto, é muito mais difícil. Habituados a contar com expedientes e bodes expiatórios e mal educados pela demagogia política, os portugueses comprazem-se em aspirar a muito mais do que podem e têm direito. Consomem mais do que lhes é permitido pelos seus rendimentos. Querem mais do que lhes autoriza a sua produtividade. Devem muito mais do que ganham num ano. Adoptaram os tiques da cultura do êxito, dos vencedores, da gente bonita e da exibição de capa cor-de-rosa. E parece não se importarem com as desigualdades sociais que fazem desta sociedade um pesadelo moral e estético."
*Excerto de crónica " A Europa não é o que era ", de António Barreto, publicada no jornal " Público " de 01/06/2008

Vaidade susceptível


É outro defeito muito vulgar num Povo que foi grande e decaiu. Inferior e pobre, considera-se ainda possuidor dos bens arruinados. Continua a viver, em sonho, o poderio perdido. Mas, como toda a vida fantástica pressente o próprio nada que a forma, torna-se, por isso mesmo, de uma susceptibilidade infinita, sangrando dolorosamente, ao contacto de qualquer coisa de real que, junto dela, se ponha em contraste revelador da sua ilusória aparência.O português é um herdeiro esbulhado dos seus bens materiais e espirituais. Mas vão dizer-lhe que é pobre! Suprema ofensa! Não ignora a sua pobreza, (mas) porque é vaidoso (…) quer que os outros a ignorem; e serve-se para isso de todos os meios que iludem, criando o seu drama em que é autor e actor. E engendra mil preconceitos, fórmulas, propícios à atmosfera de ilusão em que pretende viver acompanhado… E assim, o arrastar de uma espada já imprime heroicidade, dois termos de tecnologia científica embutidos na prosa amorfa de jornal já fazem o sábio, como duas rimas banais fazem o poeta, e um correio a cavalo uma entidade superior do Estado.Elevamos quimericamente as pequenas coisas de hoje à grande altura das antigas. Fingimos a grandeza e o mérito perdidos. Representamos, enfim, o nosso Drama de sombras (…)
Excerto da " Arte de Ser Português ", de Teixeira de Pascoaes

Selecção Nacional

Royalistick - "Como Uma Estrela"


Gato Fedorento: Victor Espadinha "Tudo São Recordações"

O chiclete

" Deitei num banco e fiquei olhando as árvores sem pensar em nada. O homem pensa demais, este é o problema. O homem não deve pensar muito, esta é a minha opinião. Deve amar e trabalhar. Deve tomar sol e olhar as árvores. Quando a minha cabeça quer pensar, eu compro chicletes e fico mascando, masco com força, o chiclete me ajuda a não pensar. Às vezes, os pensamentos querem invadir, querem construir uma torre, pedra sobre pedra, forçam a cabeça do homem, mas o homem é mais forte que os pensamentos, o homem pode esquecer. E quando não consegue esquecer, o homem pode cantar músicas do Tim Maia "

Excerto de " O Matador ", de Patrícia Melo, Ed. Campo das Letras



Tim Maia - "Me dê motivo"

Memórias da minha infância


Príncipe Valente de Hal Foster

Quelle âme est sans défauts? Qual é a alma que não tem defeitos?

The Doors - "Touch Me"

O saisons, ô châteaux!

Quelle âme est sans défauts?

J' ai fait la magique étude

Du Bonheur, qu' aucun n' élude.

Salut à lui, chaque fois

Que chante le coq gaulois.

Ah! je n' aurai plus d' envie:

Il s' est chargé de ma vie.

Ce charm a pris âme et corps,

Et dispersé les efforts.

O saisons, ô châteaux!

L' heure de sa fuite, hélas!

Sera l' heure du trépas.

O saisons, ô châteaux!

Poema de Arthur Rimbaud


Amy Winehouse - "Rehab" Live on David Letterman

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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