" Chegaram a uma praia abrigada, de areia branca e tépida, pálida e macia como veludo. O grito das gaivotas enchia os recessos escuros do promontório; no ponto onde a água quebrava, dócil, ouvia-se o som ténue do entrechocar de seixos e o múrmurio indistinto do mar entre as concavidades da falésia, semelhante ao de conchas. Siegmund e Helena deitaram-se lado a lado na areia seca, minúsculos como duas aves em repouso, enquanto milhares de gaivotas rodopiavam numa tempestade de flocos brancos por cima das suas cabeças; grandes penhascos erguiam-se mais além e, muito acima dos rochedos, uma imensidade de nuvens avançava, fazendo lembrar uma grande caravana en route. Por entre o desfilar dos oceanos e das nuvens e o voo circular das grandes esferas, invisíveis no céu, Siegmund e Helena, dois grãos de vida no vasto movimento do universo, viajavam por instantes lado a lado.
Deitados na praia assemelhavam-se a uma ave marinha cinzenta e branca. Os navios preguiçosos que cruzavam lentamente o Solent observavam as falésias e os penedos, mas Siegmund e Helena eram demasiado pequenos. Ali deitados, permaneciam ignotos e insignificantes, a contemplar através dos dedos entreabertos a passagem da caravana do Dia, em constante mutação. Deitados, com os dedos cruzados sobre os olhos, viam os barcos cortar a água azul do seu campo de visão."
Excerto de " A morte de Siegmund ", de D.H.Lawrence, Trd. Ana Falcão Bastos, Ed. Círculo de Leitores,1996
Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com
sábado, 10 de novembro de 2007
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
'La ninfa inconstante' - Cabrera Infante
Penélope Cruz
Post de Miguel Marujo, no Blog E Deus criou a mulher.
"Una cosa era notable en Estelita: llevaba el sexo literalmente a flor de piel. La piel dulce, con labia en su cuerpo. Grandes labios, breves labios. Su sexo no sólo estaba entre sus piernas, sino que se extendía por todo su cuerpo como una segunda piel -o como su verdadera piel, aquella que revelaba su vestido, pero la piel oculta también. Era, de veras, de lo más perturbador. Nunca toqué la carne de Estela porque siempre se interpuso su piel, su frontera..."
Excerto de " La ninfa inconstante", de Cabrera Infante, ler aqui artigo do El País e prólogo em PDF.
Post de Miguel Marujo, no Blog E Deus criou a mulher.
"Una cosa era notable en Estelita: llevaba el sexo literalmente a flor de piel. La piel dulce, con labia en su cuerpo. Grandes labios, breves labios. Su sexo no sólo estaba entre sus piernas, sino que se extendía por todo su cuerpo como una segunda piel -o como su verdadera piel, aquella que revelaba su vestido, pero la piel oculta también. Era, de veras, de lo más perturbador. Nunca toqué la carne de Estela porque siempre se interpuso su piel, su frontera..."
Excerto de " La ninfa inconstante", de Cabrera Infante, ler aqui artigo do El País e prólogo em PDF.
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quinta-feira, 8 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
O retrato
Portrait of Procurator Jacopo Soranzoc. 1550
Oil on canvas,
75 x 60 cm
Castello Sforzesco, Milan,
Tintoretto
" Era um rosto velho e cor de bronze, mirrado e de maçãs salientes; parecia que os traços daquele rosto tinham sido apanhados no instante de um movimento espasmódico, e jorrava deles uma força nada nortenha. Estava gravado naqueles traços o brilho meridional. Vestia o velho retratado um amplo traje asiático. Por mais estragado e empoeirado que estivesse o retrato, quando Tchartkov conseguiu limpar-lhe o pó do rosto, viu a marca do trabalho de um grande pintor. O retrato parecia inacabado, mas a força do pincel era impressionante. O mais extraordinário eram os olhos: parecia que o pintor investira neles todo o seu zelo e toda a força do seu pincel. Aqueles olhos olhavam, pura e simplesmente olhavam do retrato e como que destruíam a harmonia do quadro com a sua estranha viveza. Quando aproximou o retrato da porta, os olhos olharam-no com uma penetração ainda maior. Causaram a mesma impressão ao povo mirone. Uma mulher, de trás de Tchartkov, soltou um grito: « Está a olhar, a olhar!», e recuou. "
Excerto do conto " O retrato", de Nikolai Gógol, incluido nos " Contos de São Petersburgo", trd. Nina Guerra e Filipe Guerra, Ed.Biblioteca Independente, 2007
Oil on canvas,
75 x 60 cm
Castello Sforzesco, Milan,
Tintoretto
" Era um rosto velho e cor de bronze, mirrado e de maçãs salientes; parecia que os traços daquele rosto tinham sido apanhados no instante de um movimento espasmódico, e jorrava deles uma força nada nortenha. Estava gravado naqueles traços o brilho meridional. Vestia o velho retratado um amplo traje asiático. Por mais estragado e empoeirado que estivesse o retrato, quando Tchartkov conseguiu limpar-lhe o pó do rosto, viu a marca do trabalho de um grande pintor. O retrato parecia inacabado, mas a força do pincel era impressionante. O mais extraordinário eram os olhos: parecia que o pintor investira neles todo o seu zelo e toda a força do seu pincel. Aqueles olhos olhavam, pura e simplesmente olhavam do retrato e como que destruíam a harmonia do quadro com a sua estranha viveza. Quando aproximou o retrato da porta, os olhos olharam-no com uma penetração ainda maior. Causaram a mesma impressão ao povo mirone. Uma mulher, de trás de Tchartkov, soltou um grito: « Está a olhar, a olhar!», e recuou. "
Excerto do conto " O retrato", de Nikolai Gógol, incluido nos " Contos de São Petersburgo", trd. Nina Guerra e Filipe Guerra, Ed.Biblioteca Independente, 2007
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Eu existo
Iga A., post de Miguel Marujo, Blog E Deus criou a mulher
" Por ter de relance se visto de corpo inteiro ao espelho, pensou que a protecção também seria não ser mais um corpo único: ser um único corpo dava-lhe, como agora, a impressão de que fora cortada de si própria. Ter um corpo único circundado pelo isolamento, tornava tão delimitado esse corpo, sentiu ela, que então se amedrontava de ser uma só, olhou-se avidamente de perto no espelho e se disse deslumbrada: como sou misteriosa, sou tão delicada e forte, e a curva dos lábios manteve a inocência.
Pareceu-lhe então, meditativa, que não havia homem ou mulher que por acaso não se tivesse olhado ao espelho e não se surpreendesse consigo próprio. Por uma fracção de segundo a pessoa se via como um objecto a ser olhado, o que poderiam chamar de narcisismo mas, já influenciada por Ulisses, ela chamaria de: gosto de ser. Encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei: eu existo. "
Excerto de " Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres ", de Clarice Lispector, Ed. Planeta Agostini, 2001
" Por ter de relance se visto de corpo inteiro ao espelho, pensou que a protecção também seria não ser mais um corpo único: ser um único corpo dava-lhe, como agora, a impressão de que fora cortada de si própria. Ter um corpo único circundado pelo isolamento, tornava tão delimitado esse corpo, sentiu ela, que então se amedrontava de ser uma só, olhou-se avidamente de perto no espelho e se disse deslumbrada: como sou misteriosa, sou tão delicada e forte, e a curva dos lábios manteve a inocência.
Pareceu-lhe então, meditativa, que não havia homem ou mulher que por acaso não se tivesse olhado ao espelho e não se surpreendesse consigo próprio. Por uma fracção de segundo a pessoa se via como um objecto a ser olhado, o que poderiam chamar de narcisismo mas, já influenciada por Ulisses, ela chamaria de: gosto de ser. Encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não imaginei: eu existo. "
Excerto de " Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres ", de Clarice Lispector, Ed. Planeta Agostini, 2001
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Um grito na rua *
" Levantou o indicador e escandiu o ar com gesto de velho antes que sua voz falasse.
- Guarde minhas palavras, senhor Dedalus - disse. - A Inglaterra está nas mãos dos Judeus. Nos mais altos postos: nas finanças, na Imprensa. E são o sinal da decadência de uma nação. Tenho visto a sua aproximação nestes anos. Tão certo quanto estamos aqui os mercadores judeus já estão em seu trabalho de destruição. A velha Inglaterra está morrendo.
Deu umas passadas rápidas, seus olhos retomando vitalidade azul no que cruzavam um amplo raio de sol. Deu meia volta e retornou.
- Morrendo - disse -, se já não morta.
Das ruas o refrão das rameiras enterra
Em sua vil mortalha esta velha Inglaterra.
Seus olhos escancarados em visão enfrentavam severos o raio de sol sob que parara.
- Mercador - disse Stephen - é quem compra barato e vende caro, seja judeu ou cristão, não é ?
- Eles pecaram contra a luz - disse gravemente o senhor Deasy. - E o senhor pode ver a escuridão nos seus olhos. E é por isso que eles são errantes sobre a terra até aos dias de hoje.
Nos degraus da bolsa de valores de Paris homens auribrunidos leiloando cotações com seus dedos anelados. Grasnidos de gansos. Formigavam bulhentos, alheios ao templo, as cabeças conspirateando sob canhestras cartolas. Não deles: essas roupas, essa língua, esses gestos. Seus lerdos olhos plenos fementiam as palavras, seus ávidos gestos inofensivos, mas sabiam dos rancores acumulados ao seu redor e sabiam da vacuidade de seu ardor. Vã paciência no empilhar e entesourar. O tempo seguramente dispersaria tudo. Tesouro acumulado à margem do caminho: pilhado e pisoteado. Seus olhos sabiam dos anos vagabundos e, pacientes, sabiam das desonras de sua carne.
- E quem não pecou? - perguntou Stephen.
- Que é que o senhor quer dizer? - ripostou o senhor Deasy.
Avançou de um passo e parou perto da mesa. Seu queixo inferior pendia lateral aberto de incerteza. É isso a velha sabedoria? Espera ouvir-me.
- A história - disse Stephen - é um pesadelo de que tento despertar-me.
Do campo de jogo os garotos levantavam um brado. Um assobio zunindo: golo. Quê então se esse pesadelo lhe desse um pontapé por trás?
- Os caminhos do Criador não são os nossos - disse o senhor Deasy. - Toda a História se move em direcção a um grande alvo, a manifestação de Deus.
Stephen ejectou o polegar em direcção da janela, dizendo:
- Deus é isso.
Hurra! Eia! Hurrhurra!
- O quê? - perguntou o senhor Deasy.
- Um grito na rua - respondeu Stephen, dando de ombros. "
* Excerto de " Ulisses ", de James Joyce, Trd. António Houaiss, Ed. Difel,1983
- Guarde minhas palavras, senhor Dedalus - disse. - A Inglaterra está nas mãos dos Judeus. Nos mais altos postos: nas finanças, na Imprensa. E são o sinal da decadência de uma nação. Tenho visto a sua aproximação nestes anos. Tão certo quanto estamos aqui os mercadores judeus já estão em seu trabalho de destruição. A velha Inglaterra está morrendo.
Deu umas passadas rápidas, seus olhos retomando vitalidade azul no que cruzavam um amplo raio de sol. Deu meia volta e retornou.
- Morrendo - disse -, se já não morta.
Das ruas o refrão das rameiras enterra
Em sua vil mortalha esta velha Inglaterra.
Seus olhos escancarados em visão enfrentavam severos o raio de sol sob que parara.
- Mercador - disse Stephen - é quem compra barato e vende caro, seja judeu ou cristão, não é ?
- Eles pecaram contra a luz - disse gravemente o senhor Deasy. - E o senhor pode ver a escuridão nos seus olhos. E é por isso que eles são errantes sobre a terra até aos dias de hoje.
Nos degraus da bolsa de valores de Paris homens auribrunidos leiloando cotações com seus dedos anelados. Grasnidos de gansos. Formigavam bulhentos, alheios ao templo, as cabeças conspirateando sob canhestras cartolas. Não deles: essas roupas, essa língua, esses gestos. Seus lerdos olhos plenos fementiam as palavras, seus ávidos gestos inofensivos, mas sabiam dos rancores acumulados ao seu redor e sabiam da vacuidade de seu ardor. Vã paciência no empilhar e entesourar. O tempo seguramente dispersaria tudo. Tesouro acumulado à margem do caminho: pilhado e pisoteado. Seus olhos sabiam dos anos vagabundos e, pacientes, sabiam das desonras de sua carne.
- E quem não pecou? - perguntou Stephen.
- Que é que o senhor quer dizer? - ripostou o senhor Deasy.
Avançou de um passo e parou perto da mesa. Seu queixo inferior pendia lateral aberto de incerteza. É isso a velha sabedoria? Espera ouvir-me.
- A história - disse Stephen - é um pesadelo de que tento despertar-me.
Do campo de jogo os garotos levantavam um brado. Um assobio zunindo: golo. Quê então se esse pesadelo lhe desse um pontapé por trás?
- Os caminhos do Criador não são os nossos - disse o senhor Deasy. - Toda a História se move em direcção a um grande alvo, a manifestação de Deus.
Stephen ejectou o polegar em direcção da janela, dizendo:
- Deus é isso.
Hurra! Eia! Hurrhurra!
- O quê? - perguntou o senhor Deasy.
- Um grito na rua - respondeu Stephen, dando de ombros. "
* Excerto de " Ulisses ", de James Joyce, Trd. António Houaiss, Ed. Difel,1983
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domingo, 4 de novembro de 2007
" O Rapto das Filhas de Leucipo pelos Dioscuros " - Rubens
" Era O Rapto das Filhas de Leucipo pelos Dioscuros. Os Dioscuros, Castor e Pólux, os filhos do Cisne e de Leda, eram surpresos em plena acção. Castor, equestre e envergando uma armadura, já levantara do chão Hileira, a resplandecente, exuberantemente nua, em nu frontal. Mais um pouco e estaria ela ao colo dele, na garupa do cavalo castanho, que também de frente nos olha, com alguma mansidão e interiorizante certeza. Pólux está ainda no chão, de pé, nu da cintura para cima, e do chão levanta Febe, a luminosa, igualmente nua, mas virando-nos as costas com uma mão ainda pousada no pé de Pólux. Distam muito mais do outro cavalo, branco e feroz, que, com as patas dianteiras muito levantadas, domina o outro em altura e impera no quadro.
Muito mais tarde aprendi que as roubavam a outros gémeos, Linceu e Idas, filhos de Poseidon e que em sangue e violência acabaria esta história. Mas, em Rubens, e na verdejante paisagem da cena, não há sangue nem sequer há violência. As duas mulheres nuas estão mais desejosas do que atemorizadas, nas lácteas carnes, das mais lácteas do pintor delas, e em louríssimos cabelos. Os dois cavaleiros, muito mais encobertos do que as despidíssimas presas, são mais concentrados do que ferozes. O que possa haver de rapto e de turbilhão está nos dois cavalos, tão ou mais protagonistas da tela do que os dois gémeos e as duas mulheres.
Nessa altura, não sabia ainda que Castor e Pólux luzem nas noites estreladas, às vezes, como agora, em conjunção com Marte. Como o título do quadro só falava de Dioscuros e escuríssimos eram os corpos dos gémeos - escuridão acentuada pelo contraste com a brancura ofuscante das irmãs - como um dos cavalos é castanho e o outro branco, a sensação dominante é de luta entre o claro e o escuro, em que o claro perturbava muito mais do que o escuro. "
Excerto da crónica " A casa de Rubens (1), de João Bénard da Costa, publicado no P2 de 04/11/2007
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