Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Buzzcocks - Promises

Solução para os funcionários públicos que auferem mais de 1.500 €

«O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) propôs o limite de 628 euros de compensação para as dadoras de ovócitos e de 42 euros para os dadores de esperma, existindo já clínicas a praticar estes valores.»

Público Online, 08/10/2010, ler aqui.

Erotismo em fotografias antigas


Ver aqui , via Imagismo.

O exemplo americano

«Precisamos de um terceiro partido no próximo debate eleitoral, que olhe os americanos nos olhos e lhes diga: "Estes dois partidos estão a mentir-vos, e não podem dizer-vos a verdade porque estão ambos reféns de muitas décadas de interesses particulares inconfessáveis. Nós não estamos aqui para vos dizer aquilo que vos agrada, mas aquilo que precisam de ouvir se quisermos liderar o mundo, em vez de nos tornarmos nos próximos romanos."»

Thomas Friedman, Jornal i, ler aqui na íntegra.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

domingo, 31 de janeiro de 2010

Olhando para o céu










Fotografias tiradas em Serralves, música " All i believe in " de Amadou & Mariam & The Magic Numbers, que faz parte da banda sonora do filme " New Moon "

Bronzino




Exposição de desenhos de Bronzino, a decorrer no Metropolitan de Nova York, ler aqui no El Mundo.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Mulheres das minas de São Pedro da Cova




Fotografias de Maria Lamas, de jovens mulheres trabalhadoras nas minas de São Pedro da Cova, editadas no livro " As mulheres do meu País "(1948/50), via Alexandre Pomar.

Fotografia operária


Exposição a decorrer no Museu Rainha Sofia em Madrid, ver aqui no El País.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Torna a Surrento?


« As brasas do seu prazer apagaram-se, quando, sufocado o riso, viu a mulher abandonar a indiferença de estátua com que tinha recebido no dia anterior as carícias do engenheiro e tomar iniciativa. Abraçava-o, obrigava-o a deitar-se ao lado dela, por cima dela, debaixo dela, enredava as pernas nas pernas dele, procurava-lhe a boca, mergulhava-lhe a língua e - «ai, ai», rebelou-se Dom Rigoberto - acocorava-se com amorosa disposição, pescava entre os seus afilados dedos o sobressaltado membro e, depois de passar-lhe a mão pelo lombo e pela cabeça, levava-o aos lábios e beijava-o antes de o fazer na boca. Nessa altura, a plenos pulmões, ressaltando na fofa cama, o engenheiro começou a cantar - a rugir, a uivar - Torna a Surrento.
- Começou a cantar Torna a Surrento? - pôs-se violentamente de pé Dom Rigoberto. - Nesse instante?
- Isso mesmo - Dona Lucrecia voltou a soltar uma gargalhada, a conter-se e a pedir desculpa. - Deixas-me pasmada, Pluto. Cantas porque gostas ou porque não gostas?
- Canto para gostar - explicou ele, trémulo e carmesim, entre fífias e arpejos.
- Queres que pare?
- Quero que continues, Lucre - implorou Modesto, eufórico. - Ri-te, não faz mal. Para que a minha felicidade seja completa, canto. Tapa os ouvidos se te distrai ou te dá vontade de rir. Mas, pela tua rica saúde, não pares.
- E continuou a cantar? - exclamou, ébrio, louco de satisfação, Dom Rigoberto.
- Sem parar um segundo - afirmou Dona Lucrecia, entre soluços. - Enquanto o beijava, me sentava em cima dele e ele em cima de mim, enquanto fazíamos amor ortodoxo e heteredoxo. Cantava, tinha de cantar. Porque, se não cantava, fiasco.
- Sempre o Torna a Surrento? - deleitou-se no doce prazer da vingança Dom Rigoberto.
- Qualquer canção da minha juvenude - cantarolou o engenheiro, saltando, com toda a força dos seus pulmões, da Itália para o México. - Voy a cantarles un corrido muy mentadooo...
- Um pot pourri de piroseiras dos anos 50 - precisou Dona Lucrecia. - O Sole mio, Caminito,Juan Charrasqueado, Allá en el rancho grande, e até Madrid, de Agustín Lara. Ai, que vontade de rir!
- E sem essas vulgaridades musicais, fiasco? - pedia confirmação Dom Rigoberto, hóspede do sétimo céu. - É o melhor da noite, meu amor.
- O melhor ainda tu não ouviste, o melhor foi o final, o auge da fantochada - enxugava as lágrimas Dona Lucrecia. - Os vizinhos começaram a bater nas paredes, telefonaram para a recepção, que baixássemos a televisão, o gira-discos, ninguém conseguia dormir no hotel.»





Excerto de "Os cadernos de Dom Rigoberto ", de Mario Vargas Llosa, Trd. J. Teixeira de Aguilar

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Estúpido rapaz

« " Posso acariciar novamente sua clavícula? "
" Sim. "
Winner tira a blusa de Clotilde. Depois pega-a no colo e deita-a na cama. Afaga-lhe os ossos da omoplata e do tórax, onde se firmam seios pequenos e empinados; apalpa-lhe as costelas conspícuas. O corpo de Clotilde às vezes lembra o de um lagarto, se um lagarto tivesse a pele tão fina.
" Levanta a cabeça ", diz Winner depois de desnudar Clotilde. Com a língua sente os músculos abdominais da mulher, retesados sob a pele. Afaga com a mão a musculatura ondulada desse ventre que lhe parece, excitantemente, uma tábua de lavar roupa.
" Beija a minha boca ", ela diz.
" Mostre-me sua língua. "
Deitada, porém com a cabeça e os ombros erguidos, definindo ossos e músculos do corpo, Clotilde, cada vez mais um lagarto, salienta por entre seus pálidos lábios uma língua fininha, veloz e escura, comprida, que Winner consegue prender em sua boca e sorver, antes de começar a lamber meticulosamente as costelas da mulher. E, virando-a de costas, também lambe o seu cóccix; e, revirando-a, explora com a língua os joelhos, os cotovelos, e o astrálogo e o escafóide do pé direito de Clotilde.
Os movimentos imprimidos por Winner ao corpo de Clotilde deixam-na parcialmente caída ao chão, apoiada sobre a cabeça. Winner abre, então, as pernas magras de Clotilde e olha a fenda abstrusa de congestão e sombra que corta seu corpo. com as cabeças no chão e as pernas para o alto sobre a cama, juntam-se, em sua volúpia, como dois morcegos.»


Excerto do conto " Romance Negro ", de Rubem Fonseca, incluído no livro " Romance Negro e outras histórias ", Ed. Campo das Letras, 1994

Estudando o Pagode









Vibração da carne


" Estudando o Pagode ", por Tom Zé.
« Pensa nos teus filhos, disse o papá.
« Pensar nos meus filhos?, disse Ellen. Que outra coisa faço eu senão pensar? Que outra coisa faço eu nas noites que passo em claro senão pensar nos meus filhos? Nem o papá disse, Vem lá para casa, nem disse a Ellen, Volto para casa. Isto passou-se antes de ser moda reparar os nossos erros voltando as costas e fugindo. Eram só as duas vozes murmuradas além da porta cega, que pelo tom bem poderiam estar comentando a página dum magazine; e eu, uma criança, colada àquela porta e muito quieta como se quisesse confundir-me com a madeira escura e assim me tornar invisível, feita camaleão, ouvindo a alma, a presença viva dessa casa, pois alguma coisa passara da vida de Ellen e do seu respirar, e do dele também, para a casa que respirava num som neutro e longo de vitória e desespero, de triunfo e de terror.»



Excerto de " Absalão, absalão! ", de William Faulkner, Trd. Maria Jorge de Freitas, Ed. Planeta, 1999

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Quoi

Expressão facial osgástica












Ver aqui mais fotografias no Jornal i, e ler o texto de Clara Pinto Correia para a exposição " Sexpressions ", com fotografias suas tiradas por Pedro Palma, seu actual marido.

A Clara, foi uma das minhas paixões platónicas, nos nossos vinte e poucos anos. A paixão desapareceu, quando numa entrevista declarou o seu desejo pelo Fernando Gomes, goleador do F.C.Porto, também famoso por ter comparado a sensação de marcar um golo a um orgasmo.

Mais tarde, comprei e li o " Adeus Princesa ". Um excelente romance.

Amiúde, fui lendo notícias suas, principalmente devido à sua intensa produção literária, em parte ligada à sua investigação científica na área da Biologia.

Ocasionalmente, via-a no pequeno ecrã, sem grande sedução e menor graça.

Hoje, ao ver estas fotografias orgásticas, senti que já tinha imaginado a sua expressão facial.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Em memória de Lhasa de Sela




Noite de Verão de 1998(?). Palácio de Cristal. Lhasa aparece em palco. Deslumbramento e magnetismo.
A sua presença, a sua voz, as melodias vividas e cantadas com alma, as pausas para descrever as suas errâncias e explicar as canções.
Em estado de encantamento, de imediato comprei o seu CD( La Llorona).

Manhã de 04/01/2009. Ouço na TSF, a notícia da sua morte. Fico aturdido. Triste, mas feliz por ter partilhado alguns momentos da sua vida, e, a sua arte.

Ler aqui notícia sobre a sua morte no Público, por João Bonifácio. E aqui obituário no El País.

domingo, 3 de janeiro de 2010

A outra Casa da Música


O Centro Comercial Stop, inaugurado em 1982, deu origem a dezenas salas de ensaios para muitos projectos musicais. Ler aqui reportagem de André Rito, publicada no Jornal i de 02/01/2010.

sábado, 2 de janeiro de 2010

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Views of Japan por Felice Beato










Ver aqui no NYPL Digital Gallery, e aqui sobre Felice Beato, na Wikipédia.

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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