

" E ria. Ou começou rir a malícia toda dos olhos naquele menino ali, na cara dela, com sol da tarde chegando de fora. Ria também ele. Ria a raiva libertada de repente, e essas cenas assim, muito no quieto sonolento silêncio, felicidade de suas ideias no só do mundo, invadindo-lhe. Os cabelos escorridos, todo o corpo molhado do mel da luz e da luz da água, brilhavam sua pele nova. A vermelha baciazinha de esmalte queimava sua cor na pele mulata, pudicamente baixada. E ninguém que se mexia. Risos cresciam noutro calor. Calor se entornava de seus olhos ambos. Foi ela, Naninha, quem que veio. Seu só mexer de um passo medroso, mostrar o que ele devia de fazer. "(11/03/2009-00.14)
Excerto do conto " Manana, Mariana, Naninha ", incluído no livro " Velhas Estórias ", de José Luandino Vieira, Ed. União dos Escritores Angolanos,1989
Sem comentários:
Enviar um comentário