Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A importância do tacto

Fotografia de Gerard Kohn


" Havia muita coisa que António Grácio compreendia pela maneira como o amigo o agarrava. A curiosidade era uma delas. Pela força dos dedos, pela demora com que os pousava ou mantinha atentos sobre o braço dele, à espera duma oportunidade, duma explicação, podia adivinhar o cansaço, a dúvida, o desejo ou a surpresa que iam no outro. Não precisava de palavras: os dedos de Cigarra contavam-lhe tudo.
«Gaita», desabafou então. « Está um calor de matar.» "

Extracto de " Os Caminheiros ", de José Cardoso Pires

2 comentários:

mdsol disse...

Nocireceptores muito atentos! Discos de Merkel muito despertos!Corpúsculos de Meissner de prontidão! (e assim, se faz a autópsia de um texto poético drasticamente assassinado por uma tretas da anatomia. Só me dá para o mal rsrs)!
:)
bjs

O natural de Barrô disse...

Este post é meramente provocatório.Não pretende passar qualquer tipo de mensagem.
Estava a suar com o calor!

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" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

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