Luís António Cardoso da Fonseca Mail: luiscardosofonseca@hotmail.com

domingo, 16 de março de 2008

Brisa de amor

" Da rua emanavam baforadas quentes e todos os ruídos das casas vizinhas; mas a menor brisa era para ele, e esqueciam-se das horas, com os joelhos enlaçados, e nada mais vendo. Jean lembrava-se das noites semelhantes à beira do Ródano, sonhava com consulados longínquos em países muito quentes, com cobertas de navios de partida, em que a brisa teria o mesmo fôlego longo que fremia no pano do toldo. E quando uma carícia invisível murmurava nos seus lábios: - Amas-me?..., era sempre de muito longe que regressava para responder: - Oh, sim, amo-te... "


Excerto de "Sapho", de Alphonse Daudet, Trd. Miguel Serras Pereira

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

" Muitas vezes, meu caro senhor, as aparências iludem, e quanto a pronunciar uma sentença sobre uma pessoa, o melhor é deixar que seja ela o seu próprio juiz. " Robert Walser

FEEDJIT Live Traffic Feed